O êxtase avinagrado do eterno Capitão Reche

Logo após a decisão do Charmosão-Raiz 2025, o departamento de saúde ocupacional do blog emitiu uma normativa proibindo expressamente que qualquer componente da equipe ouvisse o programa “Café com Vinagre”, estando a menos de 250 quilômetros de distância de Porto Alegre dos Temporais.
A razão, segundo os zelosos profissionais da saúde, é evitar surtos de indignação que provocassem uma corrida desabalada para a sede da IVI da Orfanotrófio no final da manhã a fim de dar um banho de aceto balsâmico no eterno Capitão Reche na sua hora de saída do estúdio em que passa a manhã bebericando café com vinagre, decorado com urtiga desidratada em vez da costumeira canela em pó apreciada por muitos.
Como Rio Grande se localiza a 320 km por rodovias e cerca de 260 NM navegando via Lagoa dos Patos, hoje foi autorizada a escuta do início do consagrado programa da manhãzinha “Café com Vinagre”, porque é dia de jogo do Grêmio no Paraguai pela Copa Sul-americana.
O Capitão, segue audivelmente inebriado pelo título recém-conquistado que, segundo ele próprio vale como título, sim, porque “sempre disse que os gauchões eram títulos do Grêmio!” durante os tais 15 anos de seca do Imortal, consagrados pela IVI em geral e comemorados com valsa por um jogador que hoje atua no Bragantino e com vestido de debutantes pelo ex-isento Baldasso.
O resumo da escuta foi despachado para a editoria do blog com os seguintes registros:
6h00: Chuvarada e desgraceira geral na cidade;
6h05: entrevista do presidente Guerra satisfeito por causa do superávit do Grêmio, que “é coisa de papel“, na prática o “Grêmio vendeu um novo Bitelo – Caíque! – por preço baixo“;
6h06: Cura de Braithwaite no exterior “deve ter sido por intervenção divina!“;

Depois de transformar as duas boas notícias do Grêmio em papo furado de contabilidade e motivo de desconfiança e crítica ao trabalho profissional médico do clube, incluído deboche sobre o nome, segundo ele, “pomposo”, o Capitão começou a falar da partida de hoje.
6h11min: segundo o Capitão, a Sul-americana é um campeonato que o Grêmio “tem” que ganhar, pois, entre outras razões, debochou sem qualquer inflexão na voz, “até a Portuguesa já decidiu essa copa“;
6h12min30s: “Grêmio não tem time titular“;
6h13min30s: “um jogador do tamanho de João Pedro não pode virar 3º lateral-direito do elenco“;
6h14min: “Igor Serrote apareceu num Sub-20 da Seleção que tomou 6 x 0 da Argentina. Foi campeão, mas o que vai ser lembrado é a corneta que ele tocou pros argentinos e que Ramon continua o técnico“

6h14min45s: “houve desmentido que Cuellar ‘tá com problemas porque a mulher ficou na Colômbia e porque ele não recebeu parte do dinheiro das luvas, mas jornalista não vive de desmentido!“
6h15min: o rádio desligou automaticamente, por recomendação compulsória do departamento de saúde ocupacional do blog, pois, mesmo à distância mínima recomendada, o máximo de exposição ao êxtase avinagrado do eterno Capitão da IVI não pode ser maior do que 15 minutos, sob risco de provocar pico de pressão arterial, náuseas e estrabismo súbito induzido por irritação do canal auditivo.

Redação: Petroleiro de Rio Grande || contato: petroleiroRG@gmail.com
A última página do Álbum dos Ídolos da IVI antes da parada FIFA

Com outras nove figurinhas coladas, o Álbum dos Ídolos da IVI vai se tornando mais um documento da história octogenária da Imprensa Vermelha Isenta.
A IVI teve todo tipo de ídolos. Nesta página, os corneteiros podem relembrar alguns dos mais exóticos:
n° 24 * Aylon: goleador do time (rebaixado) de Argel que foi “candidato ao título do Brasileirão“. Luiz Zini Pires
n° 25 * Rentería: precursor do também colombiano Cuestinha. Mais conhecido como cosplay do Saci-Pererê
n° 26 * Bolatti: argentino. Sua maior façanha foi ter feito um gol pela seleção. Seguiu o exemplo do seu contemporâneo uruguaio na Padre Cacique, Forlan, e entrou na justiça contra o clube
n° 27: * Nilton: volante consagrado por Leandro “Manteiga” Behs, nos tempos em que era isento, por ter feito um “quase golaço“


n° 28: *Danilo Fernandes: goleiro que, com a ajuda luxuosa da IVI, virou “bandeirão”
nº 29: *Pedro Lucas: atacante consagrado pelo geneticista amador Lucianinho ‘azul fascinado pelo vermelho’ Périco por ter “o DNA do Inter“
n° 30: *Cesinha: capitão e camisa 10 da Copinha que teve “a ascensão barrada pelo coronavírus“, segundo o epidemiologista honorário Leonardo “Papoula” Oliveira
n° 31: *Boschilia: meio-campista que “nunca enganou ninguém“, segundo ele próprio, respondendo ao áudio vazado em que Paulo Paixão o qualificou como um “enganador“.
O preparador físico, a propósito, foi absolvido em decisão monocrática do Ministro do Inferior Tribunal Eleitoral da IVI, o INTER-IVI, Túlio Milman, que exarou sentença curta e grossa: “O vilão, de fato, não é Paixão, que fez um desabafo a um amigo, mas sim quem o tornou público.”

n° 32: *Klaus: formou a dupla de “promessas” alemãs, com outro ídolo da IVI, Bruno Fuchs
O blog informa os corneteiros que aproveitará a data FIFA que vem por aí para reestruturar o setor de pesquisa e produção de figurinhas do álbum. Neste ínterim, se espera que esteja solucionada a crise, com ameaça de movimento paredista da associação dos pesquisadores do blog, que reivindica o pagamento de adicional de insalubridade, por conta do aumento significativo de casos de afastamento por problemas de saúde mental decorrentes da necessidade frequente de lidar com os delírios rubicundos da IVI.
Redação: Petroleiro de Rio Grande || contato: petroleiroRG@gmail.com
Boa notícia para o Grêmio, notícia ruim para a IVI
A imagem a seguir é um exemplo típico da IVI sendo IVI

Qual é a notícia? O superávit ou as dificuldades de 2024?
Em vez redigir o título na ordem direta: ‘Grêmio apresenta superávit de 44 milhões, apesar das dificuldades em 2024‘, já que a notícia do dia é o superávit, a edição preferiu começar com as “dificuldades” que, mais do que já sabidas, foram vividas pela maioria dos leitores do RS, ou seja, é novidade velha.

Para completar, aquilo que mais impacta em qualquer comunicação visual, em especial nos dias de hoje, isto é, a imagem escolhida, que não é toa que “vale mais que mil palavras“, é uma foto da Arena alagada, num amplo ângulo de visão, de modo a incluir integralmente o letreiro ARENA DO GRÊMIO.

Em tempos da prevalência da chamada “economia da atenção“, em que a principal disputa do “mercado” é por alguns segundos de atenção dos consumidores estonteados por overdoses de informação, qual terá sido a mensagem que um usuário da rede que apenas viu de relance a postagem do perfil GZH Esportes na sua timeline e não clicou sobre para ler a matéria?
Afinal, para esse leitor típico das redes sociais que quando assiste vídeos usa velocidade 2x, que quando lê alguma coisa, dá atenção só para os títulos e manchetes, o balanço financeiro do Grêmio do ano passado foi bom ou foi ruim?

Redação: Petroleiro de Rio Grande || contato: petroleiroRG@gmail.com
O galho dos “azulegos” na árvore da IVI
Parafraseando o veterano vaqueano Blau Nunes, ex-ordenança de Bento Gonçalves, “a luta de resistência contra a IVI é cruenta e desigual”.

A Imprensa Vermelha Isenta é como o biotônico, o boa-noite, o omo e o nescau. Tal e qual esses produtos, ela só muda um pouco as embalagens e os rótulos, de vez em quando, e segue firme e faceira. Trata-se de um retumbante fenômeno de readaptação e longevidade.
Pois não é que a frondosa e octogenária árvore estrambológica da IVI deu mais um galho recentemente?
O impressionante é que o novo ramo é ainda mais assombroso do que aquele dos “azuis fascinados pelo vermelho”. É o galho dos “azulegos”; a turma que tem uma cor tirante a azul, azulada, mas com tons de lã de ovelha.
A principal característica dos “azulegos” é que eles negam veementemente a existência da IVI.
Ao contrário, se dão muito bem com os craques de todas as subsedes, em especial com aqueles do bunker da Ipiranga com a Érico Veríssimo, os convidam para seus canais de youtube, agradecem com frequência por terem frequentado os mesmos ambientes dos seus luminares e referências históricas e, muitos, mostram gratidão também por seguirem frequentando.
A segunda é que eles atuam coerentemente com o que afirmam a seu próprio respeito, isto é, que antes de serem gremistas, são “profissionais do jornalismo”, o que igualmente é consistente com sua atividade esbaforida voltada a conseguir “engajamento”, cliques, likes ou dislikes. O que importa é que sejam “monetizados”.
Com isso, o resultado é que os “azulegos” formam uma rede de postos de combustível que fornece gasolina gratuita para os ‘isentos’ jogarem nas fogueiras do dia a dia do futebol e da política interna do Grêmio e que têm pôsteres dos ídolos da IVI pendurados nas suas lojas de conveniências.
Em resumo, é pacabá.

Embora o tema não se esgote com eles, pois o grupo1 é mais numeroso que alguns movimentos políticos de clubes de futebol, os grandes bambambãs dos “azulegos” neste momento são Diego Rossi e Alex Bagé.
O primeiro, aparentemente, curte uma certa nostalgia dos tempos em que era da “sub-chefia” da IVI da Orfanotrófio e parça da diretoria de lá.
Rossi – sobrenome, a propósito, que é melhor não se traduzir do italiano – entre outras grandes realizações momentosas, participou ativamente do processo de aposentadoria de Luisito Suárez, o qual, como é sabido até nos EUA, foi indeferido pelo INSS.
Dizem que ele chegou a pensar em judicializar a questão junto com os “azuis fascinado pelo vermelho” que participaram da histórica empreitada jornalística, mas todos foram desencorajados pelo Departamento Jurídico da IVI da Ipiranga.

Bagé, por sua vez, pelo menos tem o mérito pessoal de mandar ver também no samba e no pagode e, segundo os conhecedores, bem melhor que o Presidente Saraiva.
Seu hábito preferido como “azulego” é se autoelogiar, com a mesma frequência – isto é, dia sim, dia não – que pede a benção, via youtube mesmo, para Pedro Ernesto “Legado” Denardin, a quem é muito grato.
E uma das formas preferidas de se jactar como “jornalista em primeiro lugar” é dizer que tem “orgulho” de ter divulgado uma cláusula secreta do contrato de um dos ‘bruxos’ de havaianas que passaram pelo elenco do Grêmio em 2020.
O resultado disso é que a “informação jornalística” foi multiplicada direto do perfil de Instagram de Bagé por Pedro Legado no Sala de Babação que tem, ainda, uma audiência média de mais de 80 mil ouvintes/minuto.
Essa façanha profissional do “azulego” mais bem sucedido da praça derrubou o departamento de futebol do clube e fez com que o ex-atleta pedisse desligamento antes de ser demitido e, além disso, rendeu “provas” para que ele processasse o empregador por danos morais.

O Grêmio foi condenado a pagar mais de R$ 3 milhões a Thiago Neves, incluída a indenização “moral”.
O ideal era não precisar mais tocar nesse assunto dos “azulegos”, mas, de que jeito, se atualmente eles estão pendurados num dos galhos mais pesados e vistosos da galhada das Forças Auxiliares da IVI?
Como dizia o bordão de um conhecido gremista que se despediu da TV em agosto do ano passado: voltaremos!
Redação: Petroleiro de Rio Grande || contato: petroleiroRG@gmail.com
- César Cidade Dias, Duda Garbi, Farid Germano Filho, Leonardo Miller, Rafael Serra e outros menos cotados ↩︎
‘Los dos por uno’ e Balalo, lendas da IVI e figurinhas raras do álbum

Alfredo Lamas e Pepe Urruzmendi são dois uruguaios que chegaram a Porto Alegre no finzinho dos anos 60, sob fogos de artifício e títulos e mais títulos empolgados da IVI pré-balzaquiana de então, como se pode ver nos recortes de jornais (não foi possível identificar a fonte) que ilustram este post.

Ambos jogaram rigorosamente nada enquanto estiveram por aqui, com a sutil diferença de que Lamas conhecia o formato esférico da bola e entrou para as lendas da IVI por ter feito um gol de bicicleta numa partida, em casa, contra o Vasco da Gama.
Já Urruzmendi, só é lembrado por ter provocado a rebordosa que foi o estopim da pancadaria generalizada do grenal 189, um “amistoso” durante o festival de inauguração do estádio da Av. Pe. Cacique.
Urruzmendi também é conhecido mais pelos “causos” do que pela bola no corpo em seu próprio país, como aquele de quando foi expulso numa Libertadores, com dois minutos de jogo contra os argentinos do Estudiantes de La Plata, sem ter tocado na pelota, por ter dado o “soco mais famoso da história da Libertadores” num adversário.
Numa entrevista concedida há pouco menos de dois anos ele comenta sua passagem por Porto Alegre1:
“Eu estava indo jogar pela Portuguesa no Brasil, e um cônsul brasileiro, que tinha um escritório na Plaza Independencia, veio me buscar. E eu errei, de novo, (ao escolher) o time para o qual deveria ter ido. Fui com o Flaco Lamas e achei que o futebol brasileiro era só jogo bonito. Tínhamos dois companheiros de equipe, Valdomiro e Carbone, que chegaram à seleção brasileira. Eles eram os melhores nos testes de Cooper, então jogavam. É mentira que o futebol brasileiro é “jogo bonito”. Aqueles que jogaram foram os que tiveram os melhores testes de Cooper. No Internacional, quebrei a tíbia e a fíbula. A gente saía todo dia e eu não tinha uma vida regrada, por isso não fui bem.“

Balalo, por sua vez, é lenda da IVI dos anos 80. Seguiu a trajetória de muitos dos ídolos que estão retratados nas figurinhas do álbum apresentadas anteriormente.
Era cria da base vermelha, chegou a seleções das categorias inferiores e era tratado como fenômeno pela IVI. Não teve sequer a sorte dos sub-20 mais recentes, que continuaram sendo elogiados mesmo sem jogar porque trouxeram dinheiro para o clube.


Na época de Balalo, o tal “mercado” não era tudo isso…
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Redação: Petroleiro de Rio Grande || contato: petroleiroRG@gmail.com
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